quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MEUS POEMAS

AMANDO DE BRINCADEIRA



Nosso filho:
Um boneco maltrapilho,
Feito de retalhos.

Nossa casa:
A sombra de uma mangueira,
No fundo do quintal.

Nosso casamento?
Houve, sim,
Lembro-me bem:
uma igreja feita de bananeiras,
um padre inerte, que nada disse
(era uma goiabeira!),
um bolo feito de areia.

Convidados?
Tantos, não te lembras?
Além de Miro, meu gato preto,
Quindim, teu cão pequinês
e muitos pássaros a nos sobrevoarem,
enfeitando o nosso céu...
Deram-nos de presente um ninho,
para nossa lua de mel.

PAPO DO MOCHILA



HAJA PALHAÇADA!


Desde 87, quando o Sport competentemente conquistou o título de Campeão Brasileiro de Futebol, depois da "afrouxada" do Flamengo e do Internacional, que eu testemunho essa palhaçada do pessoal da CBF, da imprensa do sul do país e de outros menos votados, sobre a negação desse título.

Agora,  chegaram ao cúmulo de proclamar dois campeões.

Que interesses escusos levam o Sr. Ricardo Teixeira a se colocar contra uma decisão judicial que proclamou o Sport campeão daquele ano, de fato e de direito? Será que é preciso explicação?

Infelizmente, o futebol tem as suas próprias regras, no mundo inteiro e tudo acontece de acordo com os interesses dos ditadores do futebol, mudando para atender ao que melhor lhes convier.

Essa ditadura é bem mais longa do que a da Líbia.

E nós, pobres mortais, nada podemos fazer...

Mas será que, pelo menos no que concerne ao nosso país, não poderiam ser criadas leis que pudesse dar um basta nessa pouca vergonha?

Cabe, pois, aos senhores legisladores, decidir: muda-se ou deixa-se tudo como está, para a continuidade do despudor?   

DE VOLTA

Olá, pessoal.

Estou de volta. Foi apenas uma pequena parada para recarregar a bateria, ajustar o amortecedor, essas coisas que a gente precisa fazer na máquina de vez em quando. Depois que se passa dos 20, então, como é o meu caso, aí a necessidade passa a ser semestral... no mínimo.

Nesse período de cuidados com a saúde uma pessoa de grande prestígio entre a turma da imprensa esteve também cuidando da máquina. Trata-se de Ricardo Leitão que, ontem, já deixou à UTI.
Seja bem-vindo, amigo! 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

OI, PESSOAL!!!

Forçosamente, tive que tirar uns dias de licença.
Por isso, estou de molho, sem nenhuma atividade.
Mas, na próxima semana, estarei de volta e a gente recomeça o nosso bate papo diário.

Um beijão pra todos e um feliz final de semana.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

MEUS AMIGOS



ISRAEL FILHO

Estive, na semana passada, em visita a um amigo muito caro. Trata-se de Israel Filho. Considero-o um dos grandes artistas brasileiros, entre os melhores de nosso Estado.


Caruaruense, ele não perde uma oportunidade para exaltar a Capital do Forró. Inclusive, tenho um cd seu que é totalmente de músicas em homenagem a Caruaru.


Existe algo que não entendo, que é o fato de a Globo ignorar esse nosso grande artista. Acho, inclusive, que a Vênus Platinada já está na hora de prestar uma homenagem a esse nosso  valioso patrimônio. Aliás, se querem um motivo, a hora é essa. Israel acabou de completar "25 anos de estrada".


Em nosso bate papo, na semana passada, fiquei sabendo de sua estada em São Paulo onde, mais do que merecidamente, ele tem vários amigos, vários admiradores. E fui presenteado com seu dvd  Israel Filho - 25 anos de estrada e um outro, de um clipe lindíssimo, em três versões, de uma  música que ele fez em homenagem a São Paulo.


Se ele atender os inúmeros convites e se mudar para a capital paulista, estaremos perdendo um grande artista que, infelizmente, não é valorizado como merece.


Tenho a felicidade de ter como amigos diversos ídolos que eu conhecia de nome e admirava antes de termos qualquer relacionamento de amizade e, sem dúvida, ISRAEL FILHO (assim, com letras maiúsculas), é um desses, que me dá muito orgulho.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

MEUS POEMAS

TUDO EM SEU LUGAR

Não adianta tentar mudar
A vida é como as novelas
No fim, tudo dá certo...
Ao apagar das velas!

Não adianta querer fugir
Negar-se a carregar cruzes.
No fim, tudo dá certo...
Ao apagar das luzes.


Bate papo de Mochila e Lenivaldo Aragão com Denô
Programa Mala & Mochila Invadindo a Área, na TV Pernambuco.

SIRI PIRATA

Mochila em reunião com o prefeito João Paulo
e a diretoria do Clube Líbano, acertando detalhes
do I Siri Pirata.


2006 foi um ano especial. Eu já freqüentava o Clube Líbano Brasileiro há 3 anos e vinha promovendo alguns eventos no clube, como o I RECIFORRÓ, um show de forró fora de época com diversos artistas da região, inclusive a Nádia Maia. Nas eleições do ano anterior, 2005, o presidente vitorioso, Fábio Kabbaz, me incluíra em sua chapa como Diretor Social e, ainda no final de dezembro, resolvemos realizar uma prévia carnavalesca para os sócios do clube e cobrir um espaço que havia ficado aberto com a saída da prévia Siri na Lata, uma vez que seus promotores haviam trocado o nosso clube pelo Clube Português. E como o Siri na Lata é um bloco anárquico, que nasceu com o intuito de agregar todas as tribos, sem restrições de cor, raça e sexo, onde a ordem era liberar geral e, além de brincar o carnaval, beber, namorar e falar mal do governo, resolvemos, no aniversário do bloco, prestar-lhes uma homenagem realizando uma prévia que era uma sátira ao Siri original. Criamos o Siri Pirata, aproveitando a onda da pirataria que vinha crescendo no país. Aliás, a decoração do I Siri Pirata era toda centrada nesse tema, com diversos cd´s ornamentando toda a sede do clube.

Mas o tiro saiu pela culatra. A criação da prévia Siri Pirata causou bastante polêmica e em vez de agradecerem a homenagem, os organizadores do Siri na Lata, acostumados a gozarem com todo mundo, sentiram-se incomodados e entraram com um processo contra a direção do Clube Líbano. Graças ao trabalho dos advogados do clube, conseguimos rechaçar todos os processos. Tivemos o apoio imediato do prefeito João Paulo e a imprensa, mais uma vez, encontrou nisso o mote para apimentar ainda mais a celeuma: falaram que o Siri na Lata era a prévia da situação, pois o governador Jarbas Vasconcelos estava sempre presente e o Siri Pirata era a prévia da oposição, com o apoio do prefeito João Paulo. Lógico que não fora essa a intenção, mas aproveitamos o mote para  colocar mais lenha na fogueira que já estava queimando.

O evento foi sucesso total. Vendemos todos os ingressos, todas as mesas, todos os camarotes. Recebemos convidados ilustres de todos os segmentos: da Política, das Artes, empresários e jornalistas de todas as emissoras de rádio e TV que estavam cobrindo o carnaval de Recife, além dos três jornais. Convidamos o governador, que não foi, mas foram diversos secretários de seu governo, além de diversos deputados da situação de então. Eu e o Mala produzimos um programa especial lá, entrevistando artistas, convidados, personalidades. A atração principal do I Siri Pirata foi Alceu Valença, além da Orquestra Super Oara, Patusko e Karol & Banda. A festança terminou somente às 6 da manhã. Naquele ano, os organizadores do Siri na Lata não conseguiram acabar com a festa.  No II Siri Pirata repetimos a dose com Alceu e a Super Oara. Como no ano anterior, todos os ingressos, mesas e camarotes, se esgotaram três dias antes. Nós utilizamos o aprendizado do ano anterior para promover uma prévia ainda mais animada, com uma organização mais profissional. Diferentemente do ano anterior, os organizadores do Siri na Lata não se pronunciaram, em nenhum momento, a respeito do Pirata. Foram espertos e nos pegaram de surpresa. No dia da festa, por volta das 17h, recebemos a intimação para não usar o nome do Siri. Foi um corre-corre danando, mas, dessa vez, nossos advogados não conseguiram suspender a ação. A Folha de Pernambuco cobriu muito bem o fato1. Além disso, alguns dias depois, a SB Produções, minha empresa de eventos, que realizou a prévia por três anos, ainda foi autuada por um certo Bar do Pirata, de Fortaleza, por  utilização do nome Pirata, no baile. Mas essa ação não deu em nada.

No ano seguinte, em 2008, a prévia passou a usar a denominação de Baile Pirata. A atração principal foi Elba Ramalho, que eu queria desde o começo juntar com Alceu Valença no mesmo baile, mas não conseguimos em virtude de a agenda da Elba sempre estar comprometida naquelas datas.
Embora nos anos seguintes, por força de outros compromissos, eu tenha me afastado da comissão de produção, trago guardado os bons momentos vividos nos três anos em que participei.
¹ Folha de Pernambuco - PE
09/02/2007 - 08:23
Siri Pirata é intimado a retirar nome da festa
Ação foi impetrada pelos organizadores do Siri na Lata
Leopoldo Monteiro
Os organizadores da festa Siri Pirata foram intimados oficialmente, ontem, pela Justiça, que proibiu a utilização do nome para promoção do baile. Eles foram obrigados a pintar o muros e outdoors que continham o nome do evento. Porém, a festa pré-carnavalesca vai acontecer, hoje, normalmente, no Clube Líbano Brasileiro, no bairro do Pina. A determinação da retirada do nome foi do desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Eloy D’Almeida Lins, após ação impetrada pelos organizadores da festa Siri na Lata, também programada para o dia de hoje, na mesma hora, no clube Português do Recife.

Os organizadores do Siri na Lata interpretam como uma imitação da outra marca. O TJPE também estabeleceu uma multa de 35 mil reais, em caso de qualquer tipo de divulgação do baile com o nome mencionado. O diretor da festa que vai acontecer no Clube Líbano, Gilberto Elias Kabbaz, foi obrigado a mandar pintar de preto os nomes referentes ao evento que estavam em frente ao local da festa. “Isso não vai influir na credibilidade do meu pré-Carnaval. Acho que eles (concorrentes) devem estar se sentindo incomodados. Já é o 2º ano que estou promovendo e tenho certeza que será um sucesso, mesmo com tudo isso”, disse o diretor. O público vem por causa do conforto que o clube oferece e pelas atrações”, acrescentou.

A organização do Baile Siri Pirata informou que vai entrar com recurso na Justiça contra a festa do Siri na Lata, no intuito de recuperar o nome perdido. “Estamos preocupados primeiro com os preparativos do evento. Temos muita coisa para fazer nos momentos que antecedem o baile, mas vamos recuperar nossa marca na Justiça. É só uma questão de tempo”, comentou Gilberto Elias Kabbaz.

É DOMINGO, GALERA!

CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS



Que tal começarmos a esquentar as baterias com os hinos dos clubes?


Hino Oficial do Sport

Autor: Eunitônio Edir Pereira

Com o Sport
Eternamente estarei
Pois rubro-negras são
As cores que abracei
E o abraço, de tão forte,
Não tem separação
Pra mim, o meu Sport
É religião

A vida a gente vive
Pra vencer
Sport, Sport
Uma razão para viver

Treze de Maio,
Mil novecentos e cinco
Dia divino em que Guilherme de Aquino
Reune, no Recife, ardentes seguidores
Fundando esta nação de vencedores
Que encanta, enobrece e dá prazer
Sport, Sport
Uma razão para viver

Eterno símbolo de orgulho
É o pavilhão
De listras pretas e vermelhas,
Com o Leão
Erguendo, imponente, o imortal escudo
Mostrando à gente que o Sport é tudo
Que a vida tem de belo a oferecer
Sport, Sport
Uma razão para viver

São gerações e corações
Fazendo a história
São campeões e emoções
Tercendo a glória
Do bravo Leão da Ilha, Sport obsessão
Que faz bater mais forte o coração
Torcida mais fiel não pode haver
Sport, Sport
Uma razão para viver
Sport! Sport! Sport!



 
Hino Oficial do Náutico

Autor: Tovinho

Da união de duas cores mágicas
Nasceu a força e a raça
Vermelho de luta
Branco de paz
Quem olha não esquece jamais
Da união de sete letras mágicas
N-A-U-T-I-C-O
Nasceu um time que encanta

Que manda e desmanda
Que faz o nosso Carnaval
Náutico teu caminho é de luz
Tua força, tua garra
Fascina e seduz
No meu coração
Brotou o esplendor
De te adorar com emoção
No meu coração
Brotou o esplendor
De te adorar com muito amor
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá

PAPO DO MOCHILA



ATITUDE




Admiro o trabalho do técnico Hélio dos Anjos, concordo que tem que ser implantada a linha dura no Sport, mas não acho que essas providências passem pelo "internamento" dos jogadores, durante toda a semana, no clube. Se isso realmente resolvesse, como já ouvi dizer, o time do convento seria campeão absoluto de todas as competições.

Na ralidade, o que vimos, durante as 10 primeiras rodadas do campeonato, foi um time apático, sem pontaria, sem vontade. Então, em primeiro lugar, tem que se cobrar atitude dos jogadores. Ninguém desaprende do dia pra noite. A diretoria investiu num time competitivo, brigador e com vontadede vencer e isso não aconteceu em nenhum momento, até então.

No próximo domingo, teremos o Clássico dos Clássicos, na Ilha do Retiro. Mais do que um simples jogo, está em disputa uma rivalidade de 100 anos e uma necessidade imperiosa de vitória, de uma equipe que deseja desbancar o adversário no título que é o ponto de desequilíbrio entre as duas das maiores forças do Estado: o hexacampeonato.

Apesar dos 39 títulos conquistados, contra 21 do Clube Náutico Capibaribe, a torcida quer ver o time atingindo o 40º título, aliado à conquista do hexacampeonato, que além de tirar a hegemonia da equipe timbu sesse quesito, poderá também ser a oportunidade de suplantá-la.

Portanto, espera-se que, a partir de agora, com a experência e a capacidade do novo treinador, além do seu conhecimento sobre o futebol pernambucano, a equipe leonina mostre que os investimentos da diretoria não foram em vão e que o time tem condições de conquistar o campeonato, voltar a vencer uma Copa do Brasil e, sobretudo, retornar à Série A do campeonato nacional.   

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MEUS POEMAS

PRAÇA MAUÁ

Ali na Praça Mauá,
Esquina com a Sacadura Cabral,
Sempre tem comemoração:
Todo dia é dia de carnaval.

Carnaval de mendigos
Que se beijam, se amam,
Se drogam e se embriagam
Surpreendendo-me,
Levando-me à reflexão:
Se não têm trabalho,
Nem o que comer,
Por que, então,
Essa explosão incontida,
Essa alegria infundada?
Talvez seja por que
O que faz a vida difícil é viver
E eles não vivem nada.

PAPO DO MOCHILA


VIA CRUCIS


O Campeonato Pernambucano teve ontem a sua 10ª rodada.

Dois clubes continuam a sua Via Crucis: o Sport, que não consegue se firmar e o América, que só fez apanhar, sendo um sério candidato ao rebaixamento. Para evitar essa tristeza verde, o Mequinha precisa vencer, pelo menos, oito partidas, das 12 que restam. Vendo o pepino que estava em suas mãos, Nereu caiu fora, antes que as coisas ficassem mais pretas.

O Sport, apesar de ter montado uma equipe a nível de Série A, com uma folha de mais de 1 milhão, continua levantando cacetada. Aliás, o novo treinador, que ontem ficou apenas assistindo, já deve estar com dores de cabeça para tentar resolver o imbroglio que ele terá em mãos, a partir de hoje. Não se concebe essa situação que vive o time da Ilha do Retiro, após dez rodadas do campeonato, em que conseguiu apenas 14 pontos, distante sete pontos do seu principal rival, o Náutico.

Aliás, também não se concebe o desarranjo da equipe timbu frente ao América, lanterna do campeonato. A equipe alvirrubra levou um gol de frente e a equipe se apavorou, parecendo até que estava enfrentando a França, que ontem venceu a seleção canarinha mais uma vez, no Stade de France, em Saint-Denis. Apesar do desfalque de quatro atletas, o que se esperava era que, jogando em seus domínios, a equipe de Rosa e Silva partisse pra cima e construísse um placar elástico, pois os contrastes são enormes: um, o Náutico, que luta pelo título e pelo impedimento da conquista do hexa pelo Sport e o outro, o América, que luta pra não cair embora as evidências mostrem que essa é uma Missão Impossível. Mas, depois dos puxões de orelha do técnico Roberto Fernandes, nos vestiários, a equipe acordou e conseguiu virar o marcador, vencendo por 2 x 1. Aliás, louve-se a estrela do Roberto Fernandes... dos pendurados com dois cartões, poupados para não correrem o risco de não enfrentar o Sport, no clássico do próximo domingo, o único que ele colocou em campo foi justamente o Éverton Luiz, que fez os dois gols.

Os jogos restantes, apenas confirmaram as expectativas, com uma leve surpresa na vitória do Central frente ao Santa Cruz, por 3 x 0. Isso, apenas, pelo fato de o Santinha ter jogado no Arruda.

Nos demais embates, tivemos Araripina 2 x 1 Petrolina; Ypiranga 1 x 0 Cabense e Vitória 1 x 0 Salgueiro.

Agora, vamos à última rodada, com o Clássico dos Clássicos, Sport x Náutico, na Ilha do Retirono próximo domingo.

                                                              Classificação do
                                           Campeonato Pernambucano de Futebol
                                                                      2011


EQUIPES
Pontos Ganhos
23
2 Santa Cruz
21
21
21
14
14
14
13
9 Araripina
11
10 Cabense
9
9
12 América
1

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Do livro ANO NOVO DE SÃO JOÃO - Contos & Crônicas (no prelo)

                                                                  Tarcísio Pereira

LIVRO 7

Não dá para se comparar a década de 70 a nenhuma outra. Foram fatos marcantes que jamais serão esquecidos: a conquista do tricampeonato mundial de futebol pela seleção brasileira de Pelé, Tostão, Rivelino e tantos outros craques imortalizados mais do que quaisquer outros nas conquistas posteriores, em pleno processo de ditadura que vivíamos, nos tempos do governo Médici;  a exploração do planeta Marte pela missão espacial Viking I;  a popularização da televisão em cores, o golpe militar no Chile, liderado pelo general Augusto Pinochet, a derrota dos Estados Unidos, pondo fim à Guerra do Vietnã, a Revolução dos Cravos em Portugal, acabando com o regime militar no país, o começo da Guerra Civil no Líbano e a  Revolução Iraniana. Outros fatos marcantes foram a renúncia de Richard Nixon à presidência dos EUA, após o caso Watergate e a a crise mundial do petróleo, justamente quando o Brasil começava a viver a fase do "Milagre Econômico". No campo da música, o fim da banda de rock Beatles, após tanto sucesso e o surgimento de outras bandas, como as internacionais Deep Purple, Black Sabath, Rolling Stones, Led Zeppelin, Pink Floyd e o despontar de tantos artistas no Brasil, como Gilberto Gil, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Elis Regina, João Gilberto, Gal Costa, Tom Jobim, Erasmo Carlos, Rita Lee, Chico Buarque, Clara Nunes, Jair Rodrigues, Jorge Ben Jor, Raul Seixas, Tim Maia, Vinicius de Moraes (ufa!), que até hoje continuam fazendo sucesso, além dos estrangeiros David Bowie, Elton John, John Travolta, Donna Summer, Elvis Presley, Rod Stewart, John Lennon,  Bob Marley... É, não dá para se enumerar todos os fatos relevantes daquela década.
Na nossa província, no campo cultural, além do surgimento de uma infinidade de coisas novas, um fato nos deixa com o peito invadido de saudades: o surgimento da lendária Livro 7, que surgiu em Recife em 1970. A livraria tornou-se, em pouco tempo, um ponto de resistência política e cultural, além de um ótimo local para bate-papos, reuniões de intelectuais, encontro de gente bonita, gente de “cuca legal” e que gostava de livros, de biritas, de conversa, sob o comando do grande comandante, Tarcísio Pereira, onipresente a todos os movimentos, sempre ostentando seu boné de jeans. Foi lá que surgiu o bloco “Nóis sofre mas nóis goza” , troça carnavalesca idealizada em 1973 por um grupo de poetas, pintores e artistas plásticos que brincavam o Carnaval daquele ano no Recife, que é considerada a primeira troça anárquica da capital pernambucana e foi criada em plena ditadura militar, caracterizava-se pela irreverência, descontração e improviso.
Eu era, durante a semana, um freqüentador não muito regular da Livro 7, comparecendo um dia ou outro para paquerar, namorar, bater papo e fazer umas farrinhas leves. Nos finais de semana, porém, havia um motivo especial para minha freqüência aos sábados à tarde, com prolongamento até a madrugada dos domingos, que era a nossa “Banda Suor”. Juntamente com Tony Pereira, Givaldo Repolho, Tito Lívio e Luís, nós usávamos o local para nossos “concertos”, para compor novas músicas e fazer o resto que todo mundo fazia. Flaviola, de vez em quando, dava uma canjinha, tornando-nos ainda mais populares no pedaço. Por lá também aparecida, de vez em quando, o clone de Tony Pereira, o Tony Semente, que não tinha nem resquícios da verve poética e cultural do Tony Pereira.
Mas, como “o que é bom dura pouco”, o sonho acabou. A Livro 7, que foi, por cinco anos consecutivos, considerada a maior do Brasil, pelo Guiness Book, começou a definhar. Aquele espaço efervescente havia se transformado num cubículo, com poucos exemplares de livros, bem menos clientes e uma equipe reduzida de funcionários. Era o começo do fim, que chegou de mansinho e o nosso oásis cultural secou.
De vez em quando encontro Tarcísio e, juntos, relembramos alguns momentos inesquecíveis daquele paraíso. Nesses momentos, a saudade faz o peito doer e os olhos começam a marejar...

PAPO DO MOCHILA


O Campeonato Pernambucano de Futebol de 2011 chega, hoje, à sua décima rodada e já podemos tecer alguns comentários a respeito dessa edição.

Dois fatos podem ser considerados surpreendentes, neste ano:
1. A performance do Santa Cruz que, como renascendo das cinzas, igual à Fênix, tem se mantido no G4 desde o início do campeonato e, sempre, nas primeiras colocações. O que se vê é que, após tantos erros, tantos insucessos, a nova direção tricolor tem acertado, até o momento, em diversas ações. E esses acertos começaram com a contratação de um técnico, Zé Teodoro, que além do seu conhecimento técnico, vem mantendo a equipe sob controle, pregando a humildade e usando a raça como diferencial.

2. A decepção do Sport Club do Recife. Em um ano que, mais uma vez, a equipe busca a conquista do hexacampeonato, perdido em 2001 e a volta à elite do futebol brasileiro, o que se vê é que a direção tem errado ou não tem tido sorte com o que fez até agora. Os erros começaram com a renovação do contrato do técnico Geninho, após o insucesso no Campeonato Brasileiro de 2009, a sua manutenção durante 9 rodadas e a intenção de transformar um fato de sorte (a vitória frente ao Vitória com um gol do goleiro Saulo) em uma grande conquista, maquiando os erros cometidos durante o jogo. Todavia, a chegada de Hélio dos Anjos traz novas esperanças para o torcedor rubronegro. Além de entender do riscado, o treinador costuma trabalhar o psicológico dos seus atletas, fazendo com que joguem com o coração na chuteira.

Enquanto esses dois fatores chamam a atenção, o Náutico vem fazendo um trabalho discreto, mantendo-se no G4, reforçando a equipe e, calmamente, se preparando para repetir o ano de 2001 quando, mesmo com uma equipe inferior ao Sport, conseguiu o título, evitando a conquista do hexa pelo seu arqui-rival.


Mas tem muito mais para se comentar sobre o campeonato pernambucano de futebol de 2011, o que faremos oportunamente.

MEUS POEMAS

                   UTOPIA

Adentra um vento frio em meu quarto
E eu descarto os olhos da TV.
A cama me convida e me embaraça
E eu acho graça na vida sem você.

Há um pergaminho sobre a mesa
E mil incertezas me invadindo o coração.
Num misto de solidão e falta de assunto
Eu me pergunto se a felicidade existe ou não.

Será que não é mera utopia,
Uma fantasia, um devaneio inocente?
Ou há, realmente, esse estado
Que, quando acabado, a falta se lhe sente?

Não sei...
Não sei, nem me interessa sabê-lo.
O selo não valida a carta, o documento?
Pois bem...
Assim é minha vida
Que, de tão vivida, já valida o sofrimento.

(Poema vencedor do I Concurso de Poesias da SUAM, RJ, 1993).

- A foto é de Marcelo Ferreira

UM NOVO ESPAÇO

Iniciamos hoje um novo elo de comunicação com os amigos: atuais e futuros.

Esperamos que este espaço seja o ponto de partida para que essa rede aumente consideravelmente.

Como jornalista e como poeta, será ótimo poder exprimir minhas idéias através de um canal tão rico em possibilidades.

Diariamente, portanto, estarei aqui, neste contato com todos aqueles que se interessarem por um bom papo e que gostem de discutir assuntos variados, mas de interesse para si e para outrem.

Espero vocês, com suas opiniões, suas sugestões, suas críticas.

Ah! Sempre estarei fazendo meus comentários esportivos, mesmo não entendendo disso.

Não deixem, também, de assistir o programa BOLA DA VEZ, de segunda a sexta-feira, pela TV NOVA NORDESTE - Canal 22, apresentado pelo amigo-irmão Luiz Mala Muniz, com participações especiais do Mochila, do Pai Gay e os comentários de Gláucio Assunção.

Um beijo grande no coração de todos.

Fiquem com Deus pois Ele, sim, é o nosso MAIOR COMPANHEIRO!!!